domingo, 15 de junho de 2025
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Saúde

Covid-19 em Tangará – Rede privada não tem mais leitos de UTI e pública está com 69,23% de ocupação

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Foto: Reprodução/Internet

Tangará da Serra tem hoje 61 pessoas em isolamento domiciliar pois testaram positivo para o Covid-19. Porém há ainda outros 17 pacientes internados em enfermarias públicas e privadas e outros 16 em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), o que preocupa as autoridades.

“Ontem [domingo] esgotaram-se os leitos de UTI na rede privada. Tivemos que transferir pacientes para Cuiabá (que hoje acabaram-se leitos disponíveis), criando plano de contingência e avaliando leitos fora do estado se precisarmos (isso deve ocorrer)”, desabafa o médico Ricardo Antonio Gonsales, em grupo de whatsApp. “O percentual e número de casos positivos aumentaram e muito, os leitos acabaram no município na rede privada, e elevando a ocupação na rede pública. (…) e peço encarecidamente que se cuidem”.

Assim como ele, outros profissionais manifestaram sua preocupação. “Infelizmente a população “cansou” de se cuidar , porém  estamos com a pandemia em alta e o número de casos batendo em valores alarmantes. Infelizmente não temos vacinas disponíveis. Por isso é importante manter os cuidados, evitar aglomerações para que não tenhamos que conviver com as consequências  que culminam com a perda de pessoas do nosso convívio. Todos nós que estamos na linha de frente, estamos nos esforçando para dar o melhor, mas, devido alguns colegas médicos também estarem afastados devido estar com covid, os atendimentos estão mais lentos por esta razão. Por isso solicito a todos um pouco de compreensão neste momento  e cuidem-se. Neste momento a prevenção é a melhor conduta”, completa o médico Gervásio Lima Brito, da rede privada, que assim como a pública, está atendendo diariamente um número muito grande de pessoas com sintomas da doença.

“Os profissionais de saúde tem se desdobrado para dar conta de toda a demanda, muitos abrindo mão de suas vidas particulares. Em sua maioria estão exaustos e adoecendo físico e mentalmente, para que sua saúde, e de seus familiares, esteja em primeiro lugar. Fato é que grande parte da população vem desrespeitando as orientações sanitárias e contribuindo para disseminação do vírus em nosso meio. Os hospitais estão sobrecarregados. Nos últimos dias, uma UTI da rede privada, não tem 1 leito sequer disponível para pacientes com Covid. E na rede pública, dos 13 leitos de UTI disponíveis, 9 já estão ocupados na data de hoje [segunda-feira, 28]”, alerta o médico de família da Unidade de Saúde Vila Esmeralda, Doutor Gabriel.

“Acabamos de ar pelo Natal, e o mínimo que devemos ter é compaixão pelo próximo. Hoje já são quase 100 mortos pela Covid em Tangará da Serra. Muitos deles pessoas próximas, amigos e até familiares. Portanto, os profissionais de saúde precisam de você. Sem você há chances de perdermos esta batalha. Antes de descumprir as orientações sanitárias, reflita e pense nestas quase 100 vidas que foram. Não sabemos o dia de amanhã”, completa.

Conforme boletim, o número de casos confirmados no município desde o início da pandemia é de 7.402. Destes 7.212 pacientes estão curados, isto é, 97,43%, e o número de mortes de pacientes diagnosticados com a doença na cidade chegou a 96.

Manifestação do Executivo

Sobre esse aumento de casos, o prefeito de Tangará da Serra, Fábio Junqueira usou as redes sociais para se manifestar.

Na publicação, Junqueira afirma que as regras que restringem aglomerações e estabelecem restrições estão em vigor e que há também penalidades estabelecidas para infrações contra medidas sanitárias. “O uso de máscaras, álcool 70, água e sabão, distanciamento social, e outras medidas não farmacológicas continuam vigentes. Eventos sociais não podem ultraar cem pessoas. Eventos empresariais não podem ultraar 200 pessoas. As aglomerações públicas em praças, ruas e avenidas continuam restritas.  As pessoas é que precisam se engajar para contribuir para evitar a disseminação viral”, afirma.

“Estamos mais uma vez pedindo que evitem eventos com aglomerações neste final de ano.  Com a colaboração de todos, a estrutura de saúde não entra em dificuldades e atende a todos. Não adianta pensar que médicos e equipes de enfermagem são imunes, que não vão se contaminar e que no caso deles não será grave pois eles são preparados para não ficarem doentes. Isso não é  verdade. São pessoas humanas que correm os mesmos riscos ao atenderem nossos pacientes. Precisam de respeito e apoio de todos para que possam fazer o necessário para cuidar da vida de nossos pacientes.  Evitar o contágio ainda é a melhor forma de ajudar”.

Fonte: Diário da Serra

Saúde

“O câncer é uma doença genética, mas nem sempre hereditária”, explica médico

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“Você sabe por que está aqui?” é uma das primeiras perguntas que o médico geneticista Marcial Francis Galera faz aos pacientes oncológicos que chegam ao seu consultório. Na maioria das vezes, a resposta reflete um senso comum: “Eu vim saber se meu câncer é genético”. Essa confusão acontece com frequência, pois muitos tentam entender se a doença é transmitida de geração em geração. Apesar de os termos “genético” e “hereditário” parecerem semelhantes, eles possuem diferenças importantes.

A genética refere-se a qualquer situação em que a causa é uma alteração no DNA — a molécula que contém as informações genéticas de um organismo — enquanto a hereditariedade está relacionada às características e condições herdadas, ou seja, transmitidas de geração em geração. “O câncer é uma doença genética, mas nem sempre hereditária”, reforça o especialista.

O médico explica que os tumores que se enquadram no contexto de hereditariedade correspondem de 5% a 10% dos casos. Segundo ele, os agentes cancerígenos são os principais responsáveis pela alta incidência de cânceres, como a exposição excessiva à luz solar, que pode levar ao tumor de pele, e o tabagismo, associado às principais formas de câncer de pulmão. “Com essa definição, conseguimos indicar a melhor estratégia para o tratamento. Enquanto no primeiro grupo é necessária uma vigilância maior e, talvez, sugerir medidas redutoras de riscos, como a retirada da mama no caso de câncer de mama, no segundo podemos utilizar medidas menos invasivas.”

Síndrome de Predisposição Hereditária ao Câncer – Para os cânceres de origem hereditária, a investigação começa com uma análise detalhada do histórico familiar do paciente. É fundamental identificar se há recorrência de tumores na família, especialmente em idades mais precoces do que o habitual ou em diferentes locais do corpo, o que pode sugerir uma predisposição hereditária.

Com base nessa avaliação clínica, testes genéticos são recomendados para detectar mutações nos genes que podem aumentar o risco de câncer. A coleta é feita a partir de uma amostra de sangue, saliva ou mucosa oral. A escolha do teste vai depender do tipo e do local do tumor. Para exemplificar, no caso dos tumores de mama e ovário, que correspondem a cerca de 21% dos cânceres hereditários, o teste a ser realizado envolve a técnica de Sequenciamento de Nova Geração (NGS) e o MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification) para os genes BRCA1 e BRCA2.

Além disso, existem exames mais amplos, como os painéis genéticos multigênicos, que permitem a detecção de variantes, ou seja, alterações em uma série de genes ligados a diferentes tipos de câncer hereditário, entre os mais comuns: mama, ovário, próstata, colorretal e pâncreas. Essas variantes são divididas em cinco categorias, dentre as quais “patogênica” ou “provavelmente patogênica” podem indicar uma Síndrome de Predisposição Hereditária ao Câncer.

“Com base nos resultados obtidos, elaboramos um relatório que inclui o cálculo do risco para o desenvolvimento de outros tipos de câncer associados à alteração genética identificada.” Retomando o exemplo do câncer de mama, nesse relatório o geneticista sugere o acompanhamento clínico por especialistas, como o mastologista, que incluirá exames de controle periódicos, além da avaliação da possibilidade de realizar a remoção da mama, dos ovários e das trompas. Essas decisões serão discutidas em conjunto com o paciente e com a equipe, que inclui oncologistas clínicos e cirurgiões oncológicos.

Câncer e Família – Além da atenção ao paciente, o geneticista também desempenha um papel fundamental junto aos familiares. A investigação sobre alterações genéticas que podem ser hereditárias e predispor ao desenvolvimento de Síndromes de Predisposição Hereditária ao Câncer deve ser estendida a outros membros da família, como filhos, irmãos, pais e outros membros.

“Aos familiares, deixamos claro que, caso identifiquemos uma Síndrome de Predisposição Hereditária ao Câncer nos testes genéticos, isso não significa necessariamente que a pessoa desenvolverá a doença.” O médico enfatiza que, com o acompanhamento familiar, é possível criar um plano personalizado de monitoramento, que inclui exames periódicos, especialmente para os membros mais jovens da família.

Fonte: ONCOMED MT

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Cidades

Morre em Cuiabá criança de 1 ano que esperava por remédio mais caro do mundo

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O bebê Adrian Emanuel Goy, de 1 ano, morreu após sofrer uma parada cardíaca e ser entubado, nesta quinta-feira, 19, em Cuiabá. Ele tinha Atrofia Muscular Espinhal (AME) e precisava tomar o remédio mais caro do mundo, avaliado em cerca de R$ 7 milhões.

Adrian foi internado logo nos primeiros meses de vida e chegou a ficar 8 meses em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele recebeu alta no início de dezembro do ano ado, após a família conseguir autorização do plano de saúde para home care. Conforme decisão judicial, o governo federal deveria comprar o remédio chamado Zolgensma até os 2 anos de vida da criança.

Na manhã desta sexta-feira, 20, no entanto, a mãe de Adrian, Geyzirrana Vitória Gois Bay, de 21 anos, informou sobre a morte do filho nas redes sociais. “Nosso fofuxo virou uma estrelinha. Meu coração está em pedaços. Ainda sem acreditar que meu filho se foi”, disse.

Segundo Geyzirrana, Adrian ou mal em casa, foi levado ao hospital, onde foi entubado, mas sofreu uma parada e não resistiu. A família informou que quer levar o corpo para ser velado na cidade natal de Adrian, Canarana, e pediu ajuda nas redes sociais para pagar as despesas.

Desde que o bebê foi internado pela primeira vez, Geyzirrana vivia com o filho no Hospital Santa Casa, em Cuiabá. Ela era natural de Canarana. A família planejava morar em Barra do Garças, mas com a melhora do filho no fim do ano ado, se mudaram para Várzea Grande, região metropolitana da capital.

Neste mês, o governo federal comprou o medicamento mais caro do mundo para a criança. A mãe dele anunciou, há dois dias, que precisava fazer a aplicação, em Curitiba, e que, estava tentando arrecadar dinheiro para pagar as despesas do transporte.

Diagnóstico

Os pais perceberam algo de errado quando o filho tinha 2 meses de vida. “Ele não respirava bem e tinha dificuldade para firmar o corpinho”, explica a mãe. Uma pediatra encaminhou a criança para Cuiabá e já existia a suspeitava da doença.

O processo de descoberta da doença se estendeu por mais dois meses até sair o resultado. Nesse tempo, a criança já estava internada. Para a dor do pequeno e dos pais, a AME foi o diagnóstico final.

Fonte: G1/MT

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